Mário Laginha Trio e Vasco Dantas
Mongrel
Enquanto procurava escolher as peças de Chopin sobre as quais trabalhar, fui relembrando que a profusão de melodias e a riqueza harmónica são uma constante em toda a sua música. No Scherzo, na Balada, na Fantasia e até nos Nocturnos, só utilizei parte dessas melodias (por vezes uma só). Tomei muitas liberdades. Mudei compassos, tempos, modifiquei algumas harmonias - até mesmo melodias - criei espaço para a improvisação, enfim, nunca me abstive de alterar aquilo que me pareceu necessário para aproximar a música de Chopin do meu universo musical. Tinha que o fazer. Ironicamente, embirro solenemente com versões de temas clássicos em que lhes acrescentam um ritmo de jazz ou pop. Nunca o faria. Quis deixar reconhecível a fonte musical, mas fiz os possíveis por não ter uma deferência tal que me inibisse de transformar o que quer que fosse. Este concerto é uma espécie de heresia a transbordar respeito pelo compositor. E parece-me quase um dever homenagear um dos maiores improvisadores de todos os tempos com uma música que tem na sua matriz a improvisação.
Mário Laginha
Frédéric Chopin (1810–1849)
Balada Op. 23 N.º1
Nocturno Op. 48 N.º1
Nocturno Op. 15 N.º1
Valsa Op. 34 N.º2
Ficha artística
Mário Laginha, piano
Vasco Dantas, piano
Bernardo Moreira, contrabaixo
Alexandre Frazão, bateria
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