Romeu & Julieta de Gounod
Vamos contar uma ópera…
Espetáculo de Final de Ano da Academia de Música de Alcobaça
Concerto de Abertura
A ópera, graças ao poder da música, afina o sentimento e torna-o apto a bem receber impressões de beleza; aqui o próprio patético se sente à vontade para se exprimir, porque a música o ajuda e o maravilhoso, tão difícil de traduzir no palco, encontra finalmente a forma teatral que lhe convém.
Friedrich von Schiller (1759-1805)
Vamos contar uma ópera… Romeu & Julieta
a partir da ópera de Charles Gounod
A ação tem lugar em Verona, Itália, no século XIV. No primeiro ato a ação começa na casa da família Capuleto, onde um grande baile de máscaras decorre, é o aniversário de Julieta e toda a gente comenta a sua beleza. Há vários estranhos mascarados, entre os quais Romeu e Mercúcio, membros da família rival, os Montéquio. Entre a vontade de abandonar a festa e as brincadeiras do seu amigo Mercúcio, Romeu fica em êxtase com a beleza de Julieta… Romeu e Julieta falam e declaram o que sentem um pelo outro. Julieta, assim como Romeu, fica chocada ao perceber a identidade de por quem ela se apaixonou. O segundo ato decorre à noite, no jardim dos Capuletos, Romeu segue a luz do quarto de Julieta, uma luz que ele compara à irradiada pelo sol… os guardas dos Capuletos procuram-no, mas depois de passarem, Julieta aparece e declaram o amor mútuo. Romeu tem medo de acordar do que acha ser um sonho, Julieta propõe então que se casem… despedem-se, Julieta regressa a casa e Romeu vai-se embora absorto em adoração. É no terceiro ato que a união acontece; Frei Lourenço, numa cerimónia preparada à pressa a pedido dos jovens, casa Romeu e Julieta, conhece os riscos associados mas espera que este ato acabe com a rivalidade entre as duas famílias. Com um desfecho trágico, Montéquios e Capuletos encontram-se na rua e lutam… Mercúcio morre e Romeu, que tentara evitar esta luta, vinga-se tirando a vida do Capuleto que tirou a de seu amigo. Todos cantam a tristeza desta situação. Romeu é julgado pela Justiça e condenado ao exílio. No quarto ato, Romeu passa com Julieta a última noite antes de partir, é a noite de núpcias. Romeu ouve que a cotovia anuncia o amanhecer do dia, é o sinal de que terão de se separar; Julieta não a quer ouvir, prefere que seja o Rouxinol a cantar e que a noite se prolongue… declaram amor eterno e Romeu parte. Julieta está transtornada porque descobre que o pai a quer casar com Páris e vai ter com Frei Lourenço dizendo-lhe que prefere morrer a abandonar Romeu casando com Páris. Respondendo ao pedido de ajuda de Julieta, Frei Lourenço oferece-lhe uma poção que fará com que pareça morta e assim a manterá até que Romeu a venha buscar… então estarão juntos. É no quinto ato que Frei Lourenço tenta enviar uma carta a Romeu a explicar o plano, mas o mensageiro morre e não a leva ao seu destino, deixando Romeu a acreditar que Julieta teria morrido mesmo. O longo sono de Julieta é retratado num interlúdio musical que introduz a chegada de Romeu ao túmulo de Julieta… Acreditando que ele nunca mais a verá novamente, pretende morrer junto dela e leva veneno que bebe de um só trago. Julieta acorda e o reencontro é vivido intensamente, até que o veneno começa a fazer efeito em Romeu… Julieta, que declara não estar preparada para viver sem ele, apunhala-se e os dois, em conjunto, unidos para a eternidade, entregam-se a Deus pedindo perdão.
Coro e Orquestra da Academia de Música de Alcobaça
Carlos Monteiro, tenor (Romeu)
Carla Simões, soprano (Julieta)
Jorge Martins, barítono (Mercúcio/Frei Lourenço)
Renato Tomás, direção de orquestra
Filomena Gonçalves, narração
Armando Vidal, direção musical e piano
Carlos Antunes, encenação
Tiago Patrício, adaptação de textos
Co-produção: Academia de Música de Alcobaça · OperaTellers
Preço: €5
Patrocínio: Apoio: