Cistermúsica 2011 promove fim-de-semana medieval no Mosteiro de Alcobaça com um programa inteiramente dedicado ao mito de Pedro e Inês e onde entram em cena os gauleses Alla Francesca e os portugueses Carmin’Antiqua
O Mosteiro de Alcobaça recebe este fim-de-semana um dos programas de maior destaque e relevância na actual edição do Cistermúsica, centrado no mito de Pedro e Inês, e recuperando alguma da melhor música feita na Idade Média sobre este tema: dia 2 de Julho, sábado, pelas 21h30, entram assim em cena na Sala do Capítulo, os Alla Francesca, um dos mais importantes grupos franceses de música medieval, conhecidos por espectáculos de grande interacção com o público e interpretações vivas de época. Um dia depois, 3 de Julho, domingo, pelas 18h00, chega a vez dos portugueses Carmin’Antiqua recriarem na Sala dos Reis algum do melhor repertório medieval tendo como base a história de amor trágica de Pedro e Inês.
Precisamente para este fim-de-semana de 2 e 3 de Julho, e para os concertos dos Alla Francesca e Carmin’Antiqua, o Cistermúsica criou um bilhete especial dedicado à música medieval e ao tema “Em Torno de Inês”. Este bilhete tem o preço “simbólico” de 8 euros, oferecendo ainda uma descrição orientada dos túmulos de D. Pedro I e Inês de Castro cerca de uma hora antes de cada espectáculo (sujeito a marcação prévia). A compra deste bilhete pode ser feita através dos contactos habituais da Academia de Música de Alcobaça ou do Cine-Teatro de Alcobaça – João d’Oliva Monteiro.
Internacionalmente reconhecido pela qualidade das suas actuações e pela originalidade dos seus projectos, Alla Francesca é um dos principais grupos para quem quer descobrir a música da Idade Média nas melhores condições. As suas interpretações, ao mesmo tempo vivas e poéticas, são resultado de um longo processo de maturação, pesquisa e intercâmbio, com um verdadeiro sentido de espectáculo e de contacto com o público.
Criado como um grupo de música de câmara, desde o início de 2000 que se encontram sob a direção conjunta de Brigitte Lesne e/ou Pierre Hamon, variando o número dos seus efectivos entre dois ou mais de dez músicos e cantores, incluindo às vezes um narrador, um malabarista e baseando-se o seu trabalho na experimentação de práticas cujas escolhas procuram um regresso musical e historicamente plausível, mantendo o respeito pelo texto original, e tendo como referência o trabalho de musicólogos e a interpretação de escritos medievais.
Quanto ao Ensemble Carmin’Antiqua, este formou-se em 2002, tendo como objectivo a interpretação e divulgação de repertório Medieval e Renascentista. É composto por cantores e instrumentistas profissionais, enquanto investigadores e intérpretes do riquíssimo, e ainda assaz desconhecido, espólio que destes períodos chegou aos nossos dias. Desde então, Carmin’Antiqua actuou em mais de 50 concertos por todo o país no âmbito de festivais de música, recriações medievais ou renascentistas e concertos pedagógicos, nomeadamente nas Jornadas Medievais de Sesimbra e no IV Festival de Música Antiga dos Açores.